Ruas não são lixões: o impacto do descaso coletivo 4q374m

Nas calçadas, praças e avenidas de nossa Paracatu, o que deveria ser cenário de convivência e mobilidade tem se transformado em verdadeiros depósitos a céu aberto. O lixo jogado nas ruas por cidadãos comuns, muitas vezes de forma automática ou desatenta, vai além de um simples ato de descuido, trata-se de um reflexo alarmante da falta de consciência social e ambiental.
Rua Benedito Laboissiere
A atitude de descartar resíduos nas vias públicas contribui diretamente para problemas sérios: calçadas obstruídas, entupimento de bueiros, enchentes, proliferação de vetores de doenças, poluição visual e degradação dos espaços urbanos. Nas fotos tiradas nesta manhã (3), é possível ver o descaso com quem transita pela cidade e precisa utilizar as calçadas. Diariamente, nos deparamos com o descarte de garrafas plásticas, papéis de bala e bitucas de cigarro, que podem parecer inofensivos, mas, em escala coletiva, seus impactos são devastadores.
Mais grave ainda é a naturalização desse comportamento. Muitos tratam as ruas como se fossem extensões de seus cestos de lixo particulares, ou, pior, como verdadeiros lixões públicos. É o retrato de um ciclo de irresponsabilidade: a pessoa joga lixo, espera que a prefeitura limpe e ainda culpa o poder público quando as consequências aparecem. Mas a responsabilidade pelo cuidado com a cidade é compartilhada. A limpeza urbana não é apenas dever do Município, ela começa com atitudes básicas de cada cidadão.
Rua Benedito Laboissiere
Conscientizar-se de que a rua é um bem comum e que o lixo não desaparece magicamente ao ser descartado é o primeiro o para mudar essa realidade. Jogar lixo de qualquer jeito sempre trará consequências. Pequenas atitudes fazem grande diferença: guardar o lixo até encontrar uma lixeira, separar recicláveis, participar de mutirões de limpeza e cobrar políticas públicas de educação ambiental são caminhos possíveis.
Também é necessário que o poder público assuma um papel mais ativo: investindo em campanhas educativas contínuas, ampliando a fiscalização, disponibilizando mais lixeiras nas vias e promovendo ações efetivas de limpeza e urbanização. Se não há investimentos em campanhas o problema apenas contribui para sua perpetuação.
Cidades limpas não são as que mais se varrem, mas sim as que menos se sujam. A mudança começa por nós e precisa ser assumida por todos: cidadãos e gestores públicos.
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